domingos peixoto

É impressionante – e muito triste – ver de novo uma calamidade acontecendo por causa das chuvas neste país. Todos esses episódios sinalizam que sem planejamento tragédias humanas e ecológicas como essas irão continuar nos afetando de maneira inesperada. Estamos na mídia internacional, mais uma vez, não em função de obras ou providências importantes nos preparativos para a Copa em 2014 ou para as Olimpíadas em 2016,  mas em função  dos graves problemas ocorridos. Desde o início do ano isso vem ocorrendo: em Angra, São Paulo, Espírito Santo, Brasília e, em menor escala, em muitas outras localidades. Neste tragédia atual do Rio, já estão contabilizadas mais de 100 mortes, milhares de desabrigados. Especialistas falam em falta de obras de infraestrutura: saneamento, drenagem, etc.

Autoridades, como o prefeito Eduardo Paes, dão nota zero ao preparo da cidade para as chuvas…Projetos não saíram do papel, decisões deveriam ter sido tomadas há muito tempo, enfim, a falta de planejamento é evidente. Segundo informações divulgadas na mídia, 10 mil domicílios estão em áreas de risco no Rio. É um verdadeiro tsunami urbano, arrastando vidas, causando prejuízos materiais e devastando as cidades. Podemos ajudar como cidadãos? Sem dúvida, prestando nossa solidariedade e apoio. Porém, ajudaremos também se prestarmos muito maior atenção aos planos que propõem os governantes, enquanto gestores públicos – em todos os níveis – antes e depois que se elegem.